quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Day one

Nem 7 horas passaram desde que te deixei ali. No entanto parece que passaram meses. Ainda antes do momento chegar eu sabia que me iria doer. E doeu. Senti o meu coração e o meu interior a retrairem-se numa bolinha enquanto tentava esconder as lágrimas que não deviam cair. Ainda agora foste e eu já não sei bem para onde me virar. 
A casa tem o teu cheiro. Agora o nosso cheiro. E tudo à minha volta me lembra pequenos pedacinhos de nós. E no entanto eu não paro de contar os (malditos) seis dias que demorarão (eu sei que sim) a passar. Por um lado só quero deitar-me e dormir até voltares. Mas por outro lado, sei que me vai custar deitar-me e saber que não chegarás mais tarde para te aninhares a mim. Ainda agora foste e parece que nunca mais voltas para mim.
Há pouco a tirar-te de mim. Talvez só o pensamento de que estás bem e junto de alguém que te ama. No entanto, já aperta. O amor, a saudade, a vontade de correr e me aninhar junto a ti. Tudo misturado. Ainda agora foste e eu não vejo a hora de voltares para os meus braços. Ainda agora foste e parece que te amo ainda mais do que ontem ou antes.