domingo, 29 de março de 2015

A verdade é que não consigo perceber ao certo o que queres de mim. Não consigo entender se tudo o que disseste era verdade ou era apenas o desespero de me ter de novo a falar. Talvez eu apenas já não saiba tanto de ti como já julguei saber.
Preferia mil vezes que fosses direta duma vez. Sinto-te estranha e sei que não é só impressão minha. No entanto preferes negá-lo e dizer que tudo está bem quando até o maior estranho consegue perceber que não. 
Sinto que estou a correr em vão, que estou a correr sozinha e que nem te apercebes disso. Para ti isto não passa tudo de uma grande mentira. Mas porque estaria eu aqui sequer se não quisesse nada? Se te quisesse longe?
Eu sei que por vezes posso ser o ser mais desprezível à face deste planeta. Mas quando digo que te quero, quero dizê-lo. Sentir que me querias de novo foi algo que nunca esperei. E talvez seja verdade quando dizem que o que é bom dura pouco. Mas não te quero perder. 
Não tenciono enganar-te e muito menos magoar-te. Apenas queria que confiasses em mim quando digo que estou aqui por ti e por nós. E sobretudo quando digo que tenciono ficar. Não voltei para ir embora dum momento para o outro. E dei-te um enorme voto de confiança ao voltar, não consegues ver isso?
Quero acreditar que tudo é verdade. Disseste-me que desta vez sabias o que querias, que me querias de novo, que não me ias largar e que não ia ser o resto que te ia impedir de tal. No entanto consigo perceber que não é assim. Consigo, sem qualquer réstia de dúvida, que provavelmente apenas o disseste porque pensaste que não me terias de novo de outra forma. Mas na verdade, eu confiei em ti, e não quero crer que confiei em ti para nada. Que confiei em algo que me vai deixar cair de novo e que não vai ter a mínima preocupação com isso. Porque no final de contas, tu estás bem com isto. Sentes que alguém te quer de novo.
Querias que ficasse. Eu estou aqui. Mas pelos vistos foste tu quem se apercebeu que afinal ficar não é o ideal.