segunda-feira, 13 de outubro de 2014

estou gelada. são 01:30 da manhã, e nada me faz dirigir-me à cama. estou alheia a tudo o resto. parece que parte de mim, não cá está neste momento. não sinto as mãos, nem minimamente sinto o toque nos meus dedos. o meu coração está a bater, insistentemente, rápido, como se quisesse saltar para fora do meu peito. é complicado de o acalmar, tal como à minha cabeça. corre tudo rápido demais, não tenho sequer mão naquilo que vejo, sinto, ouço ou penso. tudo aquilo que outrora era claro, é agora confuso demais, é complicado de compreender. o meu rumo ? fugiu das minhas próprias mãos. não tenho controlo sobre mim mesma, sobre o que quer que faça ou diga. é automático, ou comandado por alguém. 
queria poder saber o que se irá passar a seguir, queria ter noção de algo, nem que fosse a mais leve possível. parece que tudo se desvaneceu, que as minhas quatro paredes foram destruídas, por algo ou por alguém. nada me rodeia, e o que outrora me protegia evaporou-se com o tempo. parece que tudo se tornou demasiado difícil, até mesmo para mim. parece que nada se concretiza, que nada se realiza, por muito que eu faça por isso, ou por muito que o queira. que sentido tem isso afinal ? então de que me vale sequer movimentar-me, se não obtenho quaisquer resultados, seja do que for ? aquilo que me era familiar, é desconhecido, tudo se modificou, tudo deu uma enorme reviravolta, e mesmo o que eu achava permanecer, acabou por desaparecer também. e agora ? o que fazes, quando aquilo em que mais acreditavas, não se encontra já perto de ti ?